Perguntas Frequentes

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  • O que é geriatria?

    É uma especialidade médica voltada ao estudo do envelhecimento. As áreas de atuação correspondem tanto à medicina preventiva quanto ao tratamento de doenças mais comuns ou características do idoso. Médicos geriatras não são especialistas em um órgão ou sistema, mas sim no funcionamento do organismo como um todo.

  • O que é gerontologia?

    É uma ciência interdisciplinar que estuda os fenômenos fisiológicos, psicológicos, sociais, culturais e econômicos do envelhecimento, na busca pela qualidade de vida e integralização do indivíduo à sociedade.

  • Existe idade certa para procurar um geriatra?

    Não. Deve procurar um geriatra toda pessoa que começa a se preocupar como seu próprio processo de envelhecimento, com o seu bem-estar e saúde. Isto pode acontecer em idades mais avançadas ou mais precoces.

  • Como é uma consulta geriátrica?

    Geralmente é mais longa que o habitual, devido à avaliação global do idoso. Nela o geriatra investiga os componentes físicos, psíquicos, sociais e ambientais que afetam a saúde; faz uma busca ativa das síndromes geriátricas; avalia hábitos de vida, medicamentos em uso, aspectos familiares, doenças preexistentes, memória, cognição, comportamento e autonomia. O exame físico também é detalhado e, se o médico achar necessário, solicita exames complementares.

  • As doenças aparecem sempre com o envelhecimento?

    Não. As doenças não são consideradas normais da idade. Se assim o fosse, não veríamos pessoas com idades avançadas, gozando de plena saúde e bem-estar. Com o passar dos anos, o corpo sofre uma série de transformações que afetam virtualmente todos os órgãos. A este processo dá-se o nome de senescência, ou envelhecimento fisiológico. São mudanças no padrão de funcionamento do organismo mas não são doenças, portanto, não necessitam de tratamento. No envelhecimento patológico, ou senilidade, os indivíduos são limitados em suas funções e sofrem com doenças.

  • Todas as pessoas passam pelo mesmo processo de envelhecimento?

    O envelhecimento é um processo muito heterogêneo. Quando imaginamos um jovem de 15 anos ou uma criança de 5 anos, conseguimos visualizar com certa precisão suas características. Isto já não ocorre quando pensamos em um indivíduo de 80 anos. Ele pode ser atleta, corredor de maratonas; pode ter uma vida relativamente independente mas com algumas limitações, ou pode ser acamado, totalmente dependente para suas atividades diárias. Este processo dependerá da interação entre os fatores genéticos e ambientais. Fatores genéticos nós não podemos mudar. Nascemos com nossos genes e morreremos com eles. Contudo, os fatores ambientais podem e devem ser cuidadosamente modificados para que tenhamos uma vida longa, ativa e com qualidade de vida. Nossos hábitos de vida, alimentação, atividades, cuidado pessoal, manejo de doenças, adaptações psicológicas e a maneira com que encaramos a vida interferem de forma incisiva neste processo.

  • Como saber se um sintoma é ou não normal da idade?

    Não é raro nos depararmos com pessoas doentes, cujo diagnóstico demorou para ser realizado devido à auto-negligência de sintomas, atribuídos à idade avançada. A frase “isto é normal da idade” é muito perigosa e não deve ser utilizada. Se algo não está bem, apareceu algum sintoma ou houve alguma mudança no padrão de funcionamento do corpo, as pessoas devem procurar ajuda especializada. Somente após uma avaliação minuciosa de cada indivíduo, seus hábitos de vida, sua história clínica e medicações utilizadas é que podemos chegar a uma conclusão.  O contrário também acontece: pessoas usando muitas medicações, muitas vezes desnecessárias, devido a sintomas que podem ser aliviados com algumas mudanças de comportamento e não necessariamente com remédios.

  • É verdade que quando um indivíduo idoso tem alguma doença grave o corpo fica mais fraco para combatê-la?

    Em linhas gerais sim. Como passar dos anos, o corpo apresenta redução de sua reserva funcional. O que é isso? É a diminuição da sua capacidade de reação em situações de estresse. Por exemplo, um indivíduo idoso que tem uma infecção grave como uma pneumonia, pode evoluir mais freqüentemente com complicações do que um jovem com o mesmo diagnóstico. Saber disso é importante para aumentar os cuidados preventivos e aumentar a vigilância para complicações.

  • Médico geriatra sempre receita vitaminas?

    Não. A reposição de vitaminas no corpo deve ser realizada de forma muito criteriosa. As últimas pesquisas mostram que o efeito da suplementação vitamínica sem necessidade pode trazer malefícios para as pessoas. Assim, o conceito de “se não fizer bem, mal também não vai fazer” está incorreto. Deve ser feita uma avaliação individualizada para que não só o tipo mas principalmente a dose de cada medicação seja adequada.